Quem poderia imaginar, cinco anos atrás, uma reação tão contundente da população católica contra a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil?
Depois de cinco anos de pontificado, o efeito que Francisco produziu na Igreja foi o surgimento de uma grande consciência católica. Antes, os católicos suportavam calados as absurdas inovações doutrinais, os abusos litúrgicos, os desvios de conduta. Agora, gritam. E o seu grito não pôde ser ignorado.
O episcopado brasileiro, habituado à bajulação, teve de suportar, com ostensivo desagrado, a indignação de seus fieis. As reivindicações não são excessivas, os protestos não são imorais: pedem transparência acerca do uso do dinheiro arrecadado na coleta nacional da Campanha da Fraternidade e que seus bispos deixem de concelebrar com pastoras protestantes, e de apoiar os partidos socialistas, e de tratar a Santíssima Eucaristia como um pão ordinário! Nada mais simples, nada mais justo!
Mas o que fazem os veneráveis bispos? Desconversam! Uns apelam, suplicando pela não-violência nas mídias sociais, outros exigem que a roupa suja seja lavada na sacristia (reconhecendo subliminarmente
Um bispo chegou a gravar um vídeo numa sala do palácio episcopal, com música emotiva, com palavras adocicadas e jeito de menino carente. Para que tudo isso? Para provocar comoção?
No auge da polêmica, Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Jr. publicou um vídeo em sua página para “jogar água na fervura”, pedindo piedosamente um “silêncio quaresmal” em benefício do silêncio dos bispos. Muitos católicos se indignaram com a atitude do padre. Embora ele tenha apenas feito “sugestões”, não podemos deixar de notar o quanto as mesmas são imprudentes: quando o paciente está em tratamento, ou se toma os antibióticos até o fim ou a doença voltará com mais força. Caso contrário, o “silêncio” não seria nada terapêutico, mas, sim, um verdadeiro suicídio.
Fato é que o autor das denúncias assume corajosamente para si a responsabilidad
De nada serviram, porém, as tentativas de sufocamento ou de desvio do assunto. Enquanto insistem em discutir o comportamento dos denunciantes, o povo volta novamente às denúncias: onde está o dinheiro e o que se fez com o mesmo? Apresentem-se explicações ou reconheça-se o erro!
Realmente, parece que a autoridade moral da CNBB é mais um tema a ser consultado num livro de história da Igreja. Doravante, por se terem misturado com bandeiras ideológicas e assumido comportamentos tão suspeitos, os bispos mesmos se atiraram no lixo e sacramentaram o processo de ruptura levado a cabo nas décadas em que vigia a teologia da libertação: descolaram-se do povo real, ficando agarrados a um povo que existe apenas naquele espaço vazio entre as abas de suas mitras.
Esta seria a oportunidade perfeita para os nossos bispos refletirem e mudarem de conduta. Mas, não! Eles não mudam. Preferem se fazer de vítimas, posar de ofendidos e continuar com a mesma postura de sempre. Infelizmente, é isso: Ideólogos não mudam! Preferem morrer e se destruir que reconhecer o próprio erro.
E é bom que se preparem para mais momentos constrangedores
Enquanto isso, cresce vigorosa a Igreja católica brasileira, mesmo com seus padres sufocados e seus leigos ridicularizados
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