Liberdade, Igualdade, Fraternidade? Refutado!
Subscrevo trecho do livro: Os Protocolos do Sábio de Sião, que diz: "Fomos nós os primeiros, que lançamos ao povo as palavras Liberdade, Igualdade, Fraternidade, palavras repetidas tantas vezes pelos papagaios inconscientes que, atraídos de toda parte por essa isca, dela somente tem usado para destruir a prosperidade do mundo, a verdadeira liberdade individual, outrora tão bem garantida dos constrangimentos da multidão. Homens que se julgavam inteligentes não souberam desvendar o sentido oculto dessas palavras, não viram que se contradizem, não repararam que não há igualdade na natureza, que nela não pode haver liberdade, que a própria natureza estabeleceu a desigualdade dos espíritos, dos caracteres e das inteligências, tão fortemente submetidos às suas leis. Esses homens não sentiram que a multidão é uma força cega, que os ambiciosos que elege são tão cegos em política quanto ela, que o iniciado, por mais tolo que seja, pode governar, enquanto que a multidão dos não iniciados, embora cheia de gênio, nada entende da política. Todas essas considerações não abrolharam no espírito dos gentios: entretanto, é nisso que repousa o princípio dinástico dos governos: o pai transmite ao filho os segredos da política, desconhecidos fora dos membros da família reinante, a fim de que ninguém os possa trair. Mais tarde, o sentido da transmissão hereditária dos verdadeiros princípios da política se perdeu. O êxito de nossa obra aumentou."
Há quem questione o porquê de tanta desigualdade no mundo, porém, há quem não entende a necessidade desse fator não só controverso, mas também incômodo à visão de tantos revoltosos cujo furor se lhes dá através da ruptura com o direito natural e por meio do derramamento de sangue.
Desde que mundo é mundo, deparamo-nos com desigualdades que transcendem toda e qualquer lógica terrena. A começar de uma hierarquia organizada e universal dos macro cosmos (estrelas, asteroides, meteoros e outros planetas), passando pela espécie humana - mediante autoridade de seus pais e seus respectivos descendentes, como avós, bisavós, trisavós, etc -, estendendo-se até mesmo nos direitos acidentais e adquiridos por natureza (paternidade e filiação).
A vida, tal qual o macro cosmos que vos dei por exemplo, é recheada das mais diversas desigualdades, não no sentido de um embate entre o superior e o inferior, senão no fato de existir uma ordem que Deus mesmo estabeleceu entre o homem e o universo, ordem sem a qual toda a criação seria apenas obra do acaso, o que é estupidamente absurdo de pensar-se enquanto ser minimamente racional.
As próprias Escrituras são testemunha viva e ocular do quão profundo e real é a essência do desigual na vida terrena e na futura, quando chegará a parúsia gloriosa de Cristo e a definitiva sentença de cada alma segundo suas obras deixadas enquanto viveu. A criação do mundo em sete dias, o embate do bem contra o mal e a parábola do joio e do trigo confirmam inegavelmente tal verdade e, pari passu, deixam furiosos os sequazes niveladores da igualdade social.
Não estou, com isso, afirmando que toda desigualdade é necessariamente boa. Todo ser humano foi criado para trilhar um caminho de perfeição, ainda que enfrente o leão das tempestades e a tentação dos pecados que lhe afligem sua essência. Urge, no entanto, chamar a atenção de não cairmos no vício de reproduzir clichês que exaltem a igualdade e a tolerância em todos os aspectos, como se coubesse a nós negar qualquer sorte de ordem, governança e autoridade e, desta forma, rompêssemos com o direito natural, a fim de matar impiedosamente aos milhares em nome de uma falsa sensação de igualitarismo que nunca existiu.
Sendo assim, com que autoridade temos ao negar uma estrutura organizada ordenadamente?
Possamos, humildemente, reconhecer tão sagrada desigualdade, que não fere nem desanima, pelo contrário, ajuda a perceber o nosso fragmento de pó que somos diante do Criador e nos dá coragem de trilharmos o caminho do crescimento, da caridade, da benevolência e da conversão de espírito.
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