Algo de
muito errado está ocorrendo com a formação de filósofos num país onde Karnal,
Duvivier e vloggers dedicados à vaidade do intelecto têm mais credenciais do
que um Mário Ferreira dos Santos ou Gustavo Corção.
Primeiro,
atrofia-se o conceito de filosofia, para colocá-la em uma redoma artificial de
"pensadores cult", a fim de transformar todas as suas mensagens numa
pele de saberes sem, no entanto, um pingo de honestidade intelectual ou uma
busca mais ardente pelo conhecimento.
Tudo se mede não pelo que se aprendeu,
mas pelo CRÊ obtido todo final de semestre. Busca-se por filósofos heróis e
mentes de discurso fácil, porém, a preguiça e o ócio são tão gritantes, a ponto
de soterrar mais de 5 séculos com grandes homens a exemplo de São Tomás de
Aquino e São Gregório Magno.
O fato
mais dolorido é ver pessoas que fingem gostar de filosofia, esquecendo-se do
legado que a busca pelo saber deixou nos últimos 2.500 anos de história.
Não se
aprende mais a refletir, mas tão somente se produz e reproduz uma cultura de desmiolados
que pensam pela cabeça dos outros, repetidores de chavões, achando que isso é método científico.
Afinal, foi para isso que a hegemonia intelectual brasileira foi criada? Mais
triste e trágico, impossível!!
Á crise do pensamento filosófico brasileiro, não
me surpreende em nada o contingente de formadores de opinião que confundem a
noção primitiva de filosofia com a cultura do pensamento, tão venerada pelos
officeboys das consagradas ciências humanas.
O que era considerado um dom
espiritual por muitos sábios e doutores da Igreja, virou um roteiro de
realização efêmera e promoção pessoal, artificializada pelos próceres oficiais
do governo.
Pior do
que o patrocínio sujo do governo em idiotizar nossos jovens, é ver recordes
de analfabetismo funcional serem batidos ano após ano, campearem por toda parte
os altos índices de evasão escolar e desistência nos primeiros anos do ensino
médio, e - pasmem - sujeitos que se dizem profissionais de ensino incentivarem a
escrever erroneamente, sem o mínimo de valiosa preocupação com a semântica ou a
morfossintaxe.
Isso, sem
falar na proposital e completa distorção dos fatos históricos, seguidos de uma
tremenda lavagem cerebral nos jovens, com o descarado objetivo de cumprir
agendas que não condizem com os princípios difusores da autonomia intelectual e sim da ignorância a serviço do mau exemplo.
Como se
não bastasse os alarmantes 70% de brasileiros que não compreendem sequer um
texto de dez linhas, ainda somos obrigados a presenciar aberrações contra
nossas criancinhas, extirpando-lhes a infância e inoculando-as à perversidade
sexual. Tais realidades nos ajudam a concluir a inevitável tragédia: estamos
formando uma geração de indigentes mentais.
Pessoas
que não pensam por conta própria, que se deixam levar pelo propagandismo barato
da diversidade e da libertinagem, essas, sim, são as primeiras iscas de
interesse do poder de quem os gerencia.
Porque quanto mais ignorantes tiverem
na sociedade, mais fácil será dividi-los em grupos para conquistar poderes e
alimentar influências caríssimas nos meios acadêmico e business.
Vendendo
a ilusão de intelectual sob a capa de filósofo erudito, fica simples convencer
o povo de que o sujeito tem toda a razão do mundo, achando-se no direito de
aniquilar e assassinar a reputação de quem fala a verdade e tenta restaurar
almas para a vida perene.
É nisto que se tornou a tragicômica educação no país.
Numa nação de gados, quem quer se livrar da burrice é tratado como uma
insanidade absoluta.
Em
resumo: bem vindos a este hospício chamado Brasil.
Aos não conformados: É possível uma mudança, a começar por nós mesmos, buscando beber água limpa nas fontes do saber.
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